Campeonato em risco. Precisamos de árbitros estrangeiros, nada de profissionalização
Um campeonato de alto nível, como é o Brasileiro, não pode ter árbitros tão fracos. E a profissionalização não vai resolver nada
O Campeonato Brasileiro tem muitas qualidades. Tem briga pelo título, briga por Libertadores, briga contra o rebaixamento. Quem escapa, ganha o prêmio da Sul-americana. Tem ótimos estádios. Vemos por aqui em primeira mão os craques que brilharão na Europa: Endrick, Estevão, Almada. Temos destaques da América do Sul e até europeus. Não pode ser comparado às Grandes Ligas da Europa, mas é um campeonato de alta qualidade.
Está nas mãos da CBF corrigir dois aspectos ruins. O primeiro é a qualidade dos gramados. Todos deveriam passar por uma inspeção rigorosa um mês antes do início. Os reprovados teriam mais 15 dias. Se não consertar, está vetado. Simples assim.
O segundo problema - muito maior - é a qualidade da arbitragem. Os erros se sucedem a cada rodada e estão colocando em risco a credibilidade do campeonato. Os árbitros não conseguem ter uma coerência. O que para um é apenas um encontrão, para outro é tentativa de assassinato. Advertência verbal ou vermelho direto, tem para tido gosto. No VAR estão, muitas vezes, pessoas que nunca apitaram um jogo. Em busca de protagonismo, procuram chifre em cabeça de cavalo. O cara faz um gol e é anulado porque há 39 anos, ele mostrou a língua para a professora.
A solução apresentada - verdadeira panacéia - é a profissionalização. Não basta receber 5 mil por jogo, - 8 mil para quem é FIFA - é preciso ter um vínculo profissional que garanta tempo de estudo e boa preparação física. É balela. Os erros são muito graves. Vou recorrer a uma metáfora, que já foi usada pelo amigo Rodrigo Araújo. Imaginem um chef de cozinha. O fato de ele não ter um emprego fixo não pode servir de desculpa se ele errar para fazer um ovo frito. Ou cozido
Os árbitros estão errando para fazer um ovo frito. E estão errando porque são ruins e não por precisar de outra fonte de renda para se manter. E, repito, quem é da FIFA e apita um jogo por semana, fatura 32 mil por mês.
A solução é trazer árbitros de fora. Árbitros bons. Assim, quem sabe, os nossos melhoram ou então vai ganhar a vida com outra profissão. Do jeito que está, o futebol brasileiro não aguenta.