A farmacêutica brasileira EMS anunciou o lançamento, em agosto, da Olire, primeira caneta injetável contra a obesidade com produção 100% nacional. O medicamento tem como princípio ativo a liraglutida, já usada em tratamentos de perda de peso e diabetes.
Além do Olire, voltado ao combate à obesidade, a empresa também lançará o Lirux, indicado para diabetes tipo 2. Ambos são administrados por via subcutânea — no abdômen, coxa ou braço — uma vez ao dia, em qualquer horário, com ou sem refeições.
Segundo a EMS, Olire e Lirux são os primeiros análogos de GLP-1 desenvolvidos e fabricados no Brasil. Apesar de utilizarem um princípio ativo conhecido, não são classificados como genéricos. A empresa afirma que a aprovação pela Anvisa, concedida em dezembro, foi possível graças a uma inovação tecnológica nacional.
Com isso, a EMS se tornou a primeira fabricante totalmente brasileira a entrar no mercado global de análogos de GLP-1. A previsão é produzir 200 mil canetas ainda em 2025 e ultrapassar 500 mil unidades no período de 12 meses.
Olire, medicamento contra a obesidade, deverá ser lançado em agosto. Divulgação/EMS
A empresa também prevê o lançamento de canetas com semaglutida em 2026, quando expira a patente do princípio ativo no Brasil.
A EMS promete preços entre 10% e 20% mais baixos que os medicamentos de referência, como Saxenda e Victoza (à base de liraglutida), e Ozempic e Wegovy (com semaglutida).
A liraglutida e a semaglutida são amplamente usadas para controle de diabetes tipo 2 e obesidade. Atuam na redução do apetite e aumento da saciedade, mas a primeira é de uso diário e a segunda, semanal. O uso deve ser acompanhado por um médico.