Em conversa com apoiadores na manhã desta sexta-feira (11) no cercadinho do Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender o armamento do "povo de bem" ao listar medidas para, segundo ele, aumentar a segurança de ruralistas.
Ao ser confrontado por um apoiador sobre a criação de uma reserva indígena, Bolsonaro se irritou e começou a falar de medidas que aumentam a distribuição de armas à população por meios dos chamados CACs, símbolo de "Caçador, Atirador e Colecionador".
"No meu governo, nenhuma terra foi demarcada, tirei dinheiro de ONGs do MST - não tem mais MST, número de invasões é menos de 10 por ano -, demos o porte de arma para o fazendeiro, estamos criando mais de mil CACs por dia. Sempre defendi o povo de bem armado", afirmou.
A declaração acontece um dia depois do presidente falar em "ditadura da caneta" e fazer ameaça, dizendo que vai acontecer algo nos próximos dias “que vai nos salvar”.
“Pessoal, uma interrupção aqui. Qual a diferença entre uma ditadura feita pelas armas, como a gente vê por exemplo em Cuba, Venezuela, entre outros países, e uma ditadura que vem pela caneta?”, indagou.
Diante da confusão entre os apoiadores, ele mesmo respondeu a pergunta: “nenhuma”. Em seguida, ele incitou os bolsonaristas ao fazer uma afirmação em misto de ameaça e premonição.
“Então, vocês sabem o que está acontecendo no Brasil… Eu acredito em Deus. Nos próximos dias vai acontecer algo que vai nos salvar no Brasil”, disse, sem dar mais detalhes.
Risco de Lula ser assassinado
Em entrevista a Daniela Pinheiro, no Portal Uol, nesta sexta-feira, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, afirmou que não duvida que Lula (PT) possa ser assassinado durante a campanha às eleições presidenciais até outubro.
“Não duvido. Essa turma do outro lado é sanguinária, não tem limites. Pode vir um doido e fazer isso mesmo“, disse, ao ser indagado se Lula deveria redobrar os cuidados com a segurança pessoal por correr risco de ser assassinado.