FORAGIDA

Carla Zambelli reaparece em vídeo e envia recado a Flávio Bolsonaro

Condenada a 10 anos de prisão pelo STF, a deputada bolsonarista segue foragida e escondida na Itália

Carla Zambelli reaparece em vídeo e envia recado a Flávio Bolsonaro.Créditos: Reprodução redes sociais
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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que foi condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e está foragida na Itália, ressurgiu em novo vídeo onde envia um recado para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

"Hoje eu acordo com uma notícia muito boa: Flávio Bolsonaro pedindo por mim, para a Giorgia Meloni (primeira-ministra da Itália), pro Matteo Salvini [...] pedindo para que me recebessem, porque eu sou uma exilada política, eu sou uma perseguida política no Brasil [...] se não estivesse acontecendo a sanção, não daria pra entender o que está acontecendo comigo", disparou Carla Zambelli em novo vídeo.

Foragida, Carla Zambelli reaparece para ameaçar ministros do STF
 

Foragida e procurada pela Interpol, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada à cassação e a 10 anos de prisão, reapareceu nas redes sociais, utilizando uma conta de sua mãe no X (antigo Twitter), para ameaçar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de sanções na Europa

A extremista, cujo paradeiro exato é desconhecido, estaria na Itália e teria a intenção de, a exemplo de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que articulou junto ao governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, retaliações ao governo e judiciário brasileiro, articular sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) também na Europa. 

Neste sábado (19), um dia após o governo dos EUA anunciar a revogação de vistos de entrada no país do ministro Alexandre de Moraes e de outros magistrados do STF, Zambelli ameaçou os membros da Corte. 

"Em breve vocês também não poderão vir para a Europa e eu provarei minha inocência, voltarei ao meu país e cabeça erguida", escreveu a deputada de extrema direita. 

Eduardo Bolsonaro, por sua vez, endossou a ameaça de Carla Zambelli: 

"É isso aí. É muito comum a Europa acompanhar os EUA em assuntos de sanções". 

Deputada foragida

Carla Zambelli é alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro do Supremo Tribunal federal (STF) Alexandre de Moraes e está incluída na lista de procurados da Interpol. Ela foi condenada a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto.

Além da condenação criminal, a deputada enfrenta um processo de cassação de mandato na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O relator do caso, Diego Garcia (Republicanos-PR), afirmou que irá se reunir com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o presidente da CCJ, Paulo Azi (União Brasil-BA), e lideranças partidárias para definir os próximos passos do processo.

A defesa de Zambelli apresentou um pedido de acareação entre a deputada e Delgatti Neto na quarta-feira (2). O requerimento ainda está sob análise da comissão responsável. A parlamentar segue na Itália e não se apresentou às autoridades desde a expedição do mandado de prisão pelo STF.

O cenário aumenta a pressão sobre a Câmara dos Deputados, que deve se posicionar em breve sobre o uso indevido do imóvel funcional e o avanço do processo de cassação. O caso também reabre o debate sobre privilégios de parlamentares e uso de recursos públicos por investigados ou condenados judicialmente.

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