Do STF, em BRASÍLIA | O tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que não foi coagido ou pressionado pela Polícia Federal durante as investigações da ação que apura a tentativa de golpe de Estado transcorrida entre o final de 2022 e o começo de 2023. A fala se deu durante sua oitiva como réu colaborador no interrogatório dos réus da Ação Penal 2668 (do Núcleo 1 da ação que apura a sublevação, também chamado de “núcleo crucial”), no Supremo Tribunal Federal, realizada nesta segunda-feira (9).
“Em nenhum momento houve pressão. O que houve foi um jogo de depoimentos, e respostas e perguntas, é realmente um pouco da [minha] frustração”, esclareceu Mauro Cid.
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Ele ainda afirmou que os vazamentos dos áudios dele à imprensa [publicados na revista Veja] foram “sem consentimento e permissão” dele, e que se tratavam de um “desabafo de momento difícil” que ele e a família passavam.
“Áudios vazados da minha filha, minha carreira desabando, vida financeira acabada… O que gerou uma crise pessoal psicológica muito grande, o que nos leva a certo desabafo com amigos e pessoas próximas, nada de maneira oficial, acusatória. Nos áudios eu critico os generais, políticos, e critico de maneira de atirar para tudo quanto é lado para desabafar. Aquilo estava me corroendo, me fazendo muito mal. Foi um desabafo com um amigo, não sei como áudios vieram parar na mão da Veja”, explicou o tenente-coronel ao ministro relator da ação, Alexandre Moraes.