FASCISMO BOLSONARISTA

Líder do PL rifa Bolsonaro sobre anistia: "última palavra sempre será do Parlamento"

Sóstenes Cavalcante foi às redes desmentir Jovem Pan que atribuiu a ele a declaração de que a "última palavra" sobre mudanças no PL da Anistia seria de Bolsonaro. "Essa informação não procede"

Sóstenes Cavalcante com parte da bancada do PL no plenário da Câmara.Créditos: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
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Em mais uma sinalização que Jair Bolsonaro (PL) está perdendo tração na base aliada no Congresso Nacional, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), foi às redes sociais na tarde desta quinta-feira (17) para contestar uma declaração atribuída a ele, rifando o ex-presidente do debate sobre o PL da Anistia.

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Braço direito de Silas Malafaia no Congresso Nacional, Cavalcante desmentiu informação divulgada pelo Jovem Pan atribuída a ele de que, mesmo na UTI, Jair Bolsonaro daria a última palavra sobre alterações que estão sendo feitas no PL da Anistia.

"O texto final da Anistia será decidido soberanamente pelos plenários da Câmara e do Senado. Circula na imprensa a ideia de que a 'última palavra' será do presidente Bolsonaro. Essa informação não procede", afirmou o deputado.

Em tom bajulador, como faz comumente, Cavalcante afirmou que o "líder da mobilização pela Anistia Humanitária é o nosso eterno presidente Jair Bolsonaro", mas não será ele quem vai decidir o que vai ser mudado no projeto.

"O presidente Bolsonaro tem, sim, dialogado com o Partido Liberal e demais parlamentares, ouvindo sugestões, propondo melhorias e apresentando contribuições para o relator — com o objetivo de fortalecer o texto e ampliar os apoios. Mas, como determina a Constituição: A última palavra sempre será do Parlamento", reiterou.

A estratégia foi desencadeada para não melindrar as negociações e perder assinaturas que garantam a colocação do projeto na fila de urgência na Câmara.

Deputados de partidos do Centrão que assinaram o pedido de urgência devem abandonar o barco após negociações que estão sendo conduzidas pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Uma ampla aliança, que inclui o presidente da Câmara Hugo Motta, busca uma saída consensual do caso, com uma emenda na Lei do Golpe de Estado que abrandaria as penas dos condenados pelo 8 de janeiro - mas reforçaria punições aos líderes da intentona, incluindo Bolsonaro.
 

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