Vídeos e fotos que circulam pelas redes mostram parte da faixa da Praia Central de Balneário Camboriú (SC) tomada por conchas do molusco berbigão.
O fenômeno das conchas do molusco berbigão reacendeu a discussão sobre o alargamento da faixa da Praia Central, realizado em 2021, e se tal ocorrência é natural ou resultado da interferência humana no ecossistema da praia.
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Ao G1, a secretária municipal de Meio Ambiente, Maria Heloísa Furtado Lenzi, afirmou que a aparição das conchas já ocorria na Praia Central antes do alargamento da faixa de areia, mas não soube dizer a causa da presença das conchas.
Já o professor de ecologia e oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Paulo Horta, afirmou que o fenômeno não é natural e pode ter relação com a saúde dos moluscos.
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"Precisa ser avaliado se estamos tratando de um evento de mortalidade em massa. Não é normal ter mortalidade. Essa espécie ocupa áreas submersas adjacentes (e não a faixa de areia)", explica o professor Paulo Horta.
O professor e pesquisador avalia que o alargamento da faixa pode, sim, ter relação com o fenômeno. "É plausível supor, por exemplo, que, além da poluição, as características morfodinâmicas na região da praia aterrada foram impactadas com a alteração do período de exposição ao ar e menor circulação de água entre os grãos do sedimento. Essa alteração pode ter afetado as condições de alimentação para essa espécie de molusco filtrador", explica.
Confira abaixo o vídeo com o registro do fenômeno: