A gripe aviária, que tem causado preocupação entre as autoridades de saúde dos Estados Unidos, matou 20 grandes felinos selvagens no Wild Felid Advocacy Center no estado de Washington, metade dos animais do local.
“A única coisa com a qual posso comparar, como veterano, é estar em uma zona de guerra”, disse o diretor Mark Mathews ao The Seattle Times. Entre os animais mortos estão quatro linces, quatro panteras e um tigre de bengala. Geralmente aberto para visitas, o local está fechado e os felinos estão em quarentena.
Não se sabe ainda como os animais foram infectados, segundo o diretor, e as hipóteses vão desde excrementos de pássaros selvagens, passando pela carne consumida pelos felinos e mesmo as cascas de milho e outras forragens colocadas para eles.
O centro não tem fins lucrativos e foi fundado em 2004, acolhendo animais feridos na natureza, mantidos por tutores particulares que não os querem mais ou que ficam sem lar por outros motivos. Mathews conta que alguns vêm de canis tão pequenos que não sabem o que fazer quando soltos no grande habitat do santuário.
Agora, a equipe do local está trabalhando com autoridades federais e estaduais de saúde animal, e autoridades de saúde do Mason Country e veterinários particulares, para desenvolver estratégias de prevenção enquanto supervisiona o tratamento dos animais.
Gripe aviária: foco de atenção nos EUA
Causada pelo vírus H5N1 do tipo A, a gripe aviária normalmente circula entre aves selvagens, mas pode também se disseminar entre aves domésticas e ser transmitida para humanos e outros animais.
Segundo o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, a doença tem causado surtos em aves e vacas leiteiras no país, com vários casos humanos recentes em trabalhadores de laticínios e que têm contato com aves.
Foram registrados até agora 66 casos em humanos, todos transmitidos a partir de animais. Esta cepa do vírus ainda não se dissemina de pessoa para pessoa, mas um estudo publicado na revista Science no início de dezembro mostra que a versão da gripe aviária que infecta vacas nos EUA está a apenas uma mutação de distância de conseguir se espalhar de forma mais eficaz entre humanos.
Com informações do The Seatlle Times